domingo, 18 de maio de 2008

Da ilusão hollywoodiana



Seja você cinéfilo ou não, de vez em quando se rende à um filme. Pode até ser aquele filme que passou 357 vezes na Sessão da Tarde -quando você ainda podia assistir à Sessão da Tarde- de 1985 cujo astro-mirim hoje tem quatro netros. Ou seja, grande fã ou não, voce assiste filmes. E quantas vezes depois de um filme você ficou pensando, refletindo, sobre qualquer coisa relacionada ao que se passou nele?! Eu acredito que em 99% das vezes!

Pois bem. Digo isso porque as pessoas podem assistir filmes porque os efeitos especiais são bons, porque gostam do tema, porque gostam da técnica, porque querem rir, porque querem chorar, porque não tem nada pra fazer... por “n” motivos. Mas sempre, seeempre fica aquela coceirinha na mente depois de seja lá qual filme voce tenha assistido.

E é exatamente dessa ilusão hollywoodiana que falo. Dessa hipnose, seria o termo mais apropriado. Não é fantástico?! Eu acho! E olha que não sou desses que acompanho de perto as notícias da 7ª arte, conheço salas alternativas para filmes estrangeiros e consigo lembrar so dois filmes até hoje que assisti e não eram em inglês ou português.

Ok. Mas tudo isso é pra falar de algo que, além do citado acima, que se refere a qualquer filme de qualquer gênero, de uma forma bem geral mesmo, eu estou escrevendo isso baseado no último filme alugado que assisti (chama-se "Antes do Amanhecer") e, sim, pra variar, é um drama (particularmente meu gênero preferido).

O que eu acho mais fantástico da indústria cinematográfica é especialmente a capacidade que seus integrantes têm de fazer a vida parecer um grande espetáculo onde cada detalhe é recheado de glamour. Sim! Isso mesmo! Eu sou muito intrigada por como essas pessoas envolvidas nas produções de filme conseguem fazer as coisas mais ordinárias do dia-a-dia parecerem momentos inesquecíííveis, eteeernos, memoráááveis, grandiosíssimos, de uma forma geral. É incrível perceber como eles conseguem captar e transmitir quão singular é -realmente!- um momento concebido como “normal”.

Digo isso quando penso na comoção causada por um drama como o supracitado que se passa numa capital européia que não chama atenção turística alguma (Viena) e por se tratar de um espaço de tempo curto (um dia) e mostrar coisas banais (parques, bares, conversas, praças, qualquer coisa! até mesmo aquele momento que o assunto acaba) e o modo como isso tudo é exibido é tão singelo e exposto tão trabalhadamente de modo a parecer natural que, ao vê-los, concomitantemente pensamos quão romântico e incomum é viver algo daquele jeito e quão comum, quão fácil, quão simples e cotidiano é fazer todas aquelas coisas.

Nossos dias são inteiramente construídos de pequenos atos que são mais nada que corriqueiros. O problema está em nos acostumarmos a eles. O costume, a acomodação nos faz deixar de perceber a graça que eles possuem. É aquela história de você se perguntar o que tem no lado esquerdo do seu caminho pra faculdade/trabalho/escola. Que cores, que flores, que prédios...?! Qual foi o último pôr-do-sol que você viu?! Quais eram as suas cores?! Não lembra?! Não tem tempo pra ver o pôr-do-sol?! Quando você dirige no trânsito no fim da tarde se irrita com o buzinasso e os carros que não andam, mas o céu ainda está com todas as cores crespusculares e enquanto se está parado no semáforo não há perigo em notá-las.

Nao vou ser hipócrita e dizer que faço isso sempre. Claro que não faço! Sou uma pessoa que nasci nos anos 80, cresci nos 90 e vivo nos 2000. Passei do seculo XX pro XXI e sou, por isso, oficialmente, uma filha do século da solidão, da selva de concreto, do asfalto, dos combustíveis fósseis e da tecnologica automatizada. E não vou dizer que desprezo tudo isso. Mas digo sim, que isso cansa, e você não precisa passar três dias de ermitão no meio do mato ou na praia durante as férias pra perceber que sua vida inteira não é feita dos momentos bons dos dias de folga, mas dos momentos em que você percebe que está vivo ao notar a singularidade de cada um deles, sejam excepcionais ou cotidianos.

Coisas que só Hollywood pode fazer por você ;)

sábado, 17 de maio de 2008

1,2,3... testando


Por que hipocondria?!
Porque "nos deram espelhos e vimos um mundo doente (ee-eee-eeee)". Ou vai dizer que não?!

Ok. Na verdade é porque eu sou uma paranóica, neurótica,obssessivo-compulsiva e sou uma hipocondríaca mental. Minha necessidade quanto à remédios são por Valiums mentais.

Vá em frente, pode me chamar de doida.